"A arte do quase, nas fronteiras do desejo"
Na penumbra de um consultório que mais parecia um cenário de teatro barroco, RP ajustava o relógio de bolso na mesa, seu único acessório além de um sorriso que desafiava a seriedade da moldura dourada atrás dele. Especialista em "reconfigurações sensoriais", como preferia chamar, ele conduzia sessões que borravam a linha entre a terapia e a tentação, sempre parando no exato limiar onde o corpo gritava sim e a ética sussurrava não.
Primeiro Ato: O Convite do Tabuleiro
Clara, uma advogada de ternos impecáveis e coração engessado pela rotina, foi sua primeira cliente da tarde. RP a recebeu com um jogo de xadrez sobre a mesa. "Cada peça é um músculo tensionado, cada movimento... uma decisão", explicou, os dedos deslizando sobre o cavalo de ébano enquanto ela retirava o casaco, revelando uma camisola de seda que ele não comentou. O jogo começou: ele ordenou que ela deitasse sobre um divã coberto por pétalas, frias como sua expressão facial. "Feche os olhos. Imagine que cada toque meu é uma jogada. E você... só pode perder se se render."
Seus dedos traçaram círculos em seu tornozelo, subindo como um peão determinado, parando na curva do joelho. "Aqui, a ansiedade se acumula como um peão bloqueado," murmurou, a voz mais próxima de seu ouvido. Clara arqueou as costas, mas RP recuou, deixando o ar gelado do consultório ocupar o espaço onde seu calor quase a tocou. "O poder do não," ele sussurrou, "está em saber que poderíamos ir além... mas escolhemos a sofisticação do adiamento." (continua)
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